Veja quais são as novas tecnologias que podem dar mais agilidade ao
atendimento, reduzir custos e ampliar a qualidade de vida dos pacientes
Uma pesquisa realizada pela
empresa McKinsey & Company, uma consultoria norte-americana, apontou que
nos próximos cinco anos pelos menos 75% dos pacientes pretendem utilizar
serviços digitais de saúde. As novas tecnologias, que para muitos já são uma
realidade, têm ganhado cada vez mais adeptos, o que faz com que os seus custos
sejam reduzidos.
Diferente do que muitos podem
imaginar, novas tecnologias na área de medicina nem sempre significam custos
mais altos. Como toda novidade, sua adoção no início pode ser mais restrita,
devido ao pequeno número de unidades ou ao custo unitário mais alto.
Entretanto, uma vez que ela se consolida, os custos caem e a acessibilidade
aumenta.
Como muitas das novidades de hoje
estão sendo desenvolvidas tendo como foco a ideia de se tornarem um serviço
muito mais do que qualquer outra coisa, nesses casos os custos partem de um
patamar menor. E, claro, quanto mais pessoas puderem utilizá-la logo no início,
menores serão os custos individuais.
Mas quais são esses serviços
digitais que vêm despertando a atenção dos pacientes? Listamos aqui algumas das
principais tendências do momento e que ou já estão disponíveis no Brasil ou
muito em breve serão viáveis também na sua cidade.
1 – Telemedicina e a telerradiologia
Essa é uma realidade que já
caminha a passos largos de desenvolvimento no Brasil. Trata-se de uma técnica
que permite, por meio da internet, que pacientes tenham, de alguma forma,
acesso a especialistas em suas consultas e exames, algo nem sempre disponível
em pequenas cidades. Nas grandes cidades, o diferencial fica por conta da
agilidade com que o atendimento acontece.
Para citar o exemplo da
telerradiologia, aqui a agilidade e a qualidade dos laudos a
distância são os grandes diferenciais. Depois de realizar um exame normalmente
em uma clínica ou hospital, as imagens são enviadas pela internet para uma
central de telerradiologia. Nela, especialistas se debruçam sobre os exames e,
em menos de 24 horas, elaboram um laudo a distância, que também é
disponibilizado online.
2 – Internet das Coisas
Você já deve ter lido por aí o
conceito de Internet das Coisas relacionado a diversos itens que não
necessariamente dizem respeito a saúde. Entretanto, essa possibilidade é muito
ampla e obviamente a área da medicina pode tirar benefícios do seu
desenvolvimento. Em linhas gerais, entende-se por Internet das Coisas o fato
que qualquer dispositivo pode se conectar à internet.
Assim, desde uma caneca que pode
informar para o seu celular a temperatura da bebida até um smartwatch capaz de medir
os seus batimentos cardíacos, todos os itens podem tirar proveito da
conectividade. A ideia é que os pacientes sejam eles mesmos capazes de produzir
mais informações sobre a sua própria saúde, facilitando a vida dos médicos na
hora de emitir um diagnóstico.
3 – Big data: a análise preditiva
Esse é outro termo que virou
figurinha carimbada em sites de tecnologia e no cotidiano das grandes
corporações. Por big data, entende-se o armazenamento e a possibilidade de
análise de grandes quantidades de dados de forma que seja possível prever
certos tipos de comportamento ou diagnóstico nos mais variados campos.
Trazendo esse conceito para a
área de medicina, a ideia é montar um grande banco de dados com informações
sobre os tratamentos dos pacientes – sem identifica-los – de forma a se
analisar causas e consequências mais comuns. Por exemplo: se 70% dos pacientes
com dores de cabeça apontarem o estresse como um dos fatores, essa pode ser
considerada uma causa comum na primeira manifestação dos sintomas – agilizando
o processo de tratamento.
4 – Prontuário Eletrônico do Paciente
Assim como as informações de
diagnóstico de um paciente podem alimentar um grande banco de dados e colaborar
com as estatísticas, ter os dados de um paciente sempre à mão de forma digital
podem contribuir bastante para agilizar o atendimento. Nos casos de
encaminhamento para especialistas, por exemplo, o novo profissional tem acesso
imediato ao histórico.
Para que o paciente tenha a
garantia de que essas informações não vão cair em mãos erradas, todos os dados
são criptografados e somente mediante login e senha os médicos autorizados
terão acesso ao conteúdo. Por meio da consulta imediata ao histórico do
paciente, é possível acompanhar melhor quadros evolutivos de doenças e
incompatibilidade com medicamentos.
5 – Tecnologia na beira do leito
Além de os médicos poderem usar
essas informações durante as consultas, o prontuário eletrônico pode incluir
ainda laudos a distância e informações sobre a dosagem dos medicamentos. Isso
facilita a vida dos enfermeiros nos hospitais, que podem contar com um
relatório completo e 100% digital sempre que estiverem ao lado do paciente.
Se houver alguma dúvida de um
procedimento durante uma cirurgia ou atendimento, o profissional de saúde pode
saná-la de imediato apenas consultando o prontuário completo em um celular ou
tablet. Qualquer alteração relacionada aos medicamentos, da mesma forma, também
pode ser comunicada de imediato e todos os envolvidos no tratamento podem
consultar, a partir de qualquer lugar e em tempo real, a situação dos
pacientes.
Uma direção com muitos caminhos
Além dessas inovações,
smartwatches, celulares e tablets têm se tornado ferramentas cada vez mais
promissoras na coleta e no cruzamento de informações sobre a saúde dos
pacientes. Novos aplicativos surgem a cada dia e há um grande número de
desenvolvedores focados em ampliar a oferta de serviços nesse segmento.
Matéria Escrita por Ísis Fonseca da DiagRad.
Comentários
Postar um comentário